Definitivamente o Brasil é o país dos raios e morar aqui é conviver com o risco iminente dos acidentes que ocorrem com muita frequência. Por isso, é preciso entender e conhecer melhor sobre os riscos causados pelas descargas elétricas para sabermos como podemos nos proteger.
De acordo com o especialista Osmar Pinto Junior, os raios são formados pelas gotículas de água que sobem acima das nuvens e se transformam em partículas de gelo, que se agitam (batendo umas nas outras) provocando atrito que as deixa carregada eletricamente. Quando as partículas ficam muito carregadas, elas não aguentam mais “segurar” a energia e formam-se os raios.
Existem situações muito perigosas que podem aumentar os riscos de ser atingido, como por exemplo, o ocorrido com o ex-policial militar, José Júlio Cesar, que foi atingido por um raio quando voltava para casa pilotando uma motocicleta. Segundo ele a força foi tão grande e o impacto foi tão violento que ao receber a descarga, ele ficou inconsciente e só acordou depois de cinco dias. Porém os danos causados em tão pouco tempo ainda podem ser sentidos quase um ano depois do acidente, e José precisa fazer fisioterapia para recuperar plenamente os movimentos. Com certeza, sobreviver a um raio é um verdadeiro milagre, mas ocorre quando a vítima é atingida indiretamente pela descarga, recebendo apenas a corrente que é propagada pelo solo.
Outro perigo que também é muito comum em locais abertos é a chamada Descarga Conectante, que ocorre da seguinte forma: toda vez que um raio vem em direção à terra, quando está a cerca de 200m do chão, uma outra corrente vinda do solo, sai em sua direção. Se alguém estiver próximo a esta corrente que sai do chão, ela o usará como “conector” e passará por meio da pessoa. Em alguns casos o raio que vem das nuvens é atraído por um para-raios e diminui os danos à pessoa que recebeu a descarga. Caso contrário, as chances de sobreviver são nulas.
O para-raios é um equipamento instalado em prédios para protegê-los contra os raios, e muitas pessoas acham que por estarem nas cidades estarão protegidas por esse equipamento. Porém é preciso entender que a área protegida por um para-raios é equivalente à altura do mesmo. Por exemplo, um prédio de 30 m de altura, protege a área que esteja dentro de um raio de 30 metros. Ou seja, fora deste perímetro, você está desprotegido.
Ainda assim, o para-raios tem a função de proteger a estrutura do prédio, mas não impede que haja indução de corrente em todas as fiações elétricas do prédio. E essa indução chegue às tomadas dos apartamentos. Por isso é tão importante proteger os seus aparelhos eletroeletrônicos ligados à tomada usando os dispositivos da Clamper. A indução que chega até o seu apartamento é perigosa e pode danificar seus aparelhos.
FONTE: Fantástico/Rede Globo