Com a observação e o monitoramento dos raios, é possível prever quais áreas estão mais suscetíveis a ser atingidas por uma descarga elétrica, minimizando assim os casos de acidentes em obras como a construção da Arena Corinthians. Imagine o risco que os funcionários correm em uma obra como esta, onde muitos deles trabalham em locais altos e sobre estruturas metálicas (que conduzem eletricidade), ainda mais por que a região onde o estádio está sendo construído possui a maior incidência de raios do sudeste brasileiro! O alerta evita situações graves que poderiam inclusive levar operários à morte.
O monitoramento capaz de gerar o alerta é realizado pelo INPE, que possui uma rede de sensores de alta tecnologia. Os aparelhos detectam as descargas que atingem o solo, e também aquelas que ainda estão “armazenadas” nas nuvens. Atualmente, 60 sensores estão espalhados pelo Brasil, mas até o final do ano a expectativa é de que esse número aumente para 100, sendo a segunda maior rede de monitoramento de raios no mundo, capaz de prever quais serão as áreas atingidas, com a maior antecedência e precisão possível.
O aumento destes sensores no Brasil beneficiará principalmente a região norte, que é a mais atingida pelos raios e provavelmente terá um aumento nas incidências. O motivo são as enormes torres metálicas construídas no meio da floresta para levar energia da hidrelétrica de Tucuruí a Manaus. Ao todo serão instaladas 1.037 torres que podem chegar a 180 m de altura. E estruturas altas como estas, além de serem atingidas por raios, também podem conduzir os raios ascendentes (aqueles que sobem da terra).
A Amazônia é uma região ímpar, pois além de ser uma das maiores produtoras de energia do Brasil, é também uma das mais atingidas pelos raios. Por esse motivo, a região sofre com apagões constantes, causando o prejuízo de aproximadamente R$ 1 bi para a economia brasileira (já que durante os apagões as indústrias locais ficam com a produção parada). Outra situação de risco encontrada no Amazonas é causada pelos desmatamentos da floresta. Segundo o especialista do INPE, Osmar Pinto Junior, o desmatamento faz com que a região fique mais seca e tenha menos tempestades. Apesar disso, as chuvas que ocorrem são mais carregadas e os raios mais violentos, podendo causar além do “perigo elétrico”, o aumento dos incêndios.
Por ser uma região de costa litorânea, o Rio de Janeiro também é muito atingida por raios. Por isso a capital carioca tem sido ao longo dos anos um dos locais escolhidos por cientistas para estudar os raios. Inclusive, o primeiro registro existente de um raio em território nacional foi feito pelo cientista Henrique Morize, no dia 09 de novembro de 1885, no alto do Morro do Castelo (onde hoje fica o aeroporto Santos Dumont).
Em São Paulo o aumento das tempestades é significativo. No final do séc. XIX, a cidade registrava 60 dias de tempestade por ano, hoje esse número já subiu para 90 dias. Segundo Osmar, a urbanização é a causa deste crescimento, pois ela cria algumas mudanças climáticas que permitem o ambiente favorável para as chuvas. E como as áreas urbanas estão aumentando, a previsão é de que as tempestades sejam ainda mais frequentes. Por isso, quem mora em áreas urbanas precisa proteger os seus eletroeletrônicos das descargas elétricas e a Clamper é autoridade no assunto. Conheça os nossos Dispositivos de Proteção e fique tranquilo!
FONTE: Fantástico/Rede Globo