Além da redução do consumo de energia, a substituição das luminárias comuns pela tecnologia LED gera, entre outros benefícios, maior durabilidade e menores custos de manutenção.
Por essas razões, a iluminação LED tende a crescer em diversos segmentos, tais como: residencial, comercial, industrial, outdoor e iluminação pública.
Um estudo realizado pelo U.S. DOE estima que até 2030 o LED terá penetrado quase totalmente todos os segmentos, com destaque para a iluminação pública e comercial.
Porém, a tecnologia LED está sujeita aos danos causados pelos raios e surtos elétricos. Isso acontece porque seu DRIVER, elemento responsável por fornecer nível de tensão adequado e corrente constante, está conectado diretamente à rede elétrica.
Segundo estudo realizado pela Allen-Segal IBM Study, os surtos são responsáveis por mais 80% dos distúrbios que acometem a rede elétrica.
Consequentemente, o tempo de vida útil previsto para a luminária LED não poderá ser garantido e os custos envolvidos com a substituição da unidade danificada, outrora não previstos, incorrem em despesas adicionais não computadas no tempo de amortização do investimento.
DPS PARA LUMINÁRIA LED
Para minimizar os impactos dos surtos elétricos e assegurar o payback, torna-se necessário utilizar os Dispositivos de Proteção contra Surtos (DPS).
Eles são capazes de proteger as luminárias LED, limitando as elevadas tensões transitórias e desviando a corrente dos surtos.
Além de serem compactos e funcionais, os DPS devem possuir capacidade de dreno de corrente compatível com o local de instalação da luminária, suporte de fixação e também sinalização do estado de operação (ativo/inativo) através de LED.
Com vistas a segurança, é importante que o invólucro do DPS seja constituído de material com características de não propagação e auto extinção do fogo.
ESPECIFICAÇÃO E INSTALAÇÃO DOS DPS PARA LUMINÁRIAS LED
A especificação dos DPS se fundamenta na localização da luminária LED.
Sistemas de iluminação LED situados em áreas externas, como: rodovias, vias públicas, estacionamentos, ou seja, com maior exposição a raios e surtos elétricos, devem ser protegidos por um DPS Classe II com grau de proteção IP66, compatível com as intempéries a que está exposto.
Quando as luminárias se situam em áreas internas, ou seja, com menor exposição aos efeitos dos raios e surtos elétricos, devem ser protegidas um DPS Classe III, com grau de proteção IP20.
A inserção coordenada de DPS, conforme IEC 61643-1, é peça fundamental para mitigar os danos causados pelos surtos elétricos, contribuindo para evitar queimas e aumentar o MTBF das luminárias LED.
A escolha da forma de instalação do DPS – série ou paralelo com a carga – deve ser definida com base no final de vida útil do DPS e, consequentemente, no posicionamento do DP, que pode ser exclusivo ou compartilhado. Elas podem ser:
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A) CONECTADO EM SÉRIE COM A LUMINÁRIA:
Ao fim de vida útil do DPS a luminária se apaga, servindo como indicação para a necessidade de troca do DPS e impedindo que a luminária opere sem a proteção contra surtos.
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B) CONECTADO EM PARALELO COM A LUMINÁRIA:
Garante à luminária fornecimento de energia quando o DPS chega ao final de vida útil, porém, sem a presença da proteção contra surtos.
Autor: Suporte Técnico CLAMPER