Nas últimas décadas, o Brasil experimentou um crescimento da indústria de eletroeletrônicos que mudou a forma como empresas e pessoas passaram a lidar com a tecnologia. A produção, importação e comercialização de equipamentos de comunicação, segurança e transmissão de dados cresceram ao ponto de colocar o país em primeiro lugar na lista das nações com maior consumo de eletroeletrônicos portáteis do mundo em 2010.
Paralelamente com este crescimento, surgia a necessidade de proteção para equipamentos: primeiramente os industriais, seguido dos aparelhos de uso doméstico e pessoal. No entanto, antes que este crescimento se tornasse realidade, o engenheiro eletricista Ailton Ricaldoni Lobo – então funcionário da Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG) – baseado em experiência e visão de futuro, iniciou sua trajetória na busca por oferecer ao mercado conhecimento e soluções em proteção contra surtos para equipamentos e sistemas eletroeletrônicos.
Em 1991, surgia a Clamper. Indústria genuinamente brasileira, com sede em Lagoa Santa, focada em pesquisa, desenvolvimento e produção de Dispositivos de Proteção contra Surtos – DPS.
Os surtos elétricos são sobretensões transitórias, distúrbios cotidianos na rede elétrica ocasionados por: incidência direta ou indireta de raios; liga e desliga de máquinas ou queda e religação de energia.
A Clamper iniciou suas atividades numa época econômica muito delicada. As empresas, principalmente concessionárias de energia e telefonia, precisavam de parceiros que as auxiliassem na solução de problemas. Com o objetivo de criar produtos que atendessem a esta necessidade, a Clamper pautou sua atuação desde os primeiros passos. “Sempre tivemos o foco no desenvolvimento de produtos inovadores, com atenção aos detalhes e pensando em solucionar os problemas dos clientes com relação à proteção”, explica Ailton Ricaldoni Lobo.
Ao comemorar 25 anos de existência, a Clamper celebra, também, o reconhecimento de todo o trabalho desenvolvido neste período. Líder de mercado no Brasil, a empresa já é vista como um importante player no mercado internacional. Hoje, os produtos Clamper são exportados para 15 países, com tecnologia certificada nos mais diversos cantos do mundo, inclusive nos Estados Unidos. Quando o assunto é DPS, a marca mineira figura entre as mais respeitadas na América Latina, África, América do Norte e Europa. Em 2012, foi inaugurada a Clamper México, com o intuito de assumir protagonismo na NAFTA (bloco econômico formado por Canadá, EUA e México, regido pelo tratado de livre comércio) e atender os países da América Central e Caribe.
Apesar do crescimento e de dispor mais de 300 produtos disponíveis para o mercado, a Clamper ainda oferece aos clientes do setor corporativo a possibilidade de produzir equipamentos customizados de acordo com a necessidade de cada projeto. Os produtos destinados ao varejo também são desenvolvidos com base nas mudanças de comportamento das pessoas e em suas escolhas no dia-a-dia. É o caso da linha iCLAMPER Pocket: modelos de protetores compactos que podem ser levados facilmente no bolso ou bagagem de mão, desenvolvidos para atender a alta demanda por equipamentos pessoais móveis, como smartphones e tablets.
A última pesquisa divulgada pelo IBGE, demonstra que este mercado cresceu mais de 35% nos últimos anos. Daí a necessidade de dispositivos que ofereçam proteção para os equipamentos. A funcionalidade dos modelos, aliada à tecnologia embutida, conferem ao produto um dos melhores custo/benefício da categoria. Basta comparar o valor médio de um smartphone, cerca de R$1500,00, com o preço do iCLAMPER Pocket 2P, R$29,90 (valor de venda na Loja Virtual da Clamper), para se ter ideia do reduzido investimento em relação ao benefício obtido com a proteção do equipamento.
O mesmo raciocínio pode ser aplicado aos demais produtos oferecidos pela Clamper em relação ao custo dos equipamentos. Ainda segundo dados do IBGE, mais de 97% dos 67 milhões de domicílios brasileiros possuem aparelhos de televisão, em 40% deles são digitais e em 32% estão presentes sistemas de TV por assinatura. Quase 98% destes lares têm geladeira, enquanto equipamentos como máquina de lavar, computadores e telefones fazem parte da realidade de mais de 40 milhões de residências no Brasil. Todos estes bens eletrônicos e eletrodomésticos sofrem com danos causados, diariamente, pelos surtos elétricos.
PERIGO, SURTO!
Um dado importante coloca em perigo todo o investimento em tecnologia realizado pelos brasileiros nos últimos anos e aumenta a necessidade de investir, também, em proteção para estes equipamentos. O Brasil é o país com maior incidência de descargas atmosféricas no mundo, o que torna automaticamente, um dos locais que oferecem maior risco de queima imediata ou de diminuição de vida útil de aparelhos devido ao alto número de surtos elétricos. E, neste caso, também estão incluídos equipamentos corporativos e edificações.
Graças ao trabalho realizado por órgãos competentes e por comitês técnicos, dos quais a Clamper participa, o estudo sobre surtos elétricos no Brasil evoluiu muito e promoveu a formatação de normas de proteção como a NBR5410 e, posteriormente a NBR5419 editadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Estas normas recomendam o uso de DPS em instalações, considerando não somente o índice de descargas elétricas, mas, também, a segurança para as edificações, equipamentos e vidas humanas.
Em consonância com esta realidade, a Clamper investe constantemente no desenvolvimento de novos produtos, frutos de intenso processo de estudo. Anualmente, 10% do faturamento da empresa é empregado em projetos de pesquisa e inovação, realizados em parceria com universidades e institutos brasileiros.
NOVOS INVESTIMENTOS EM ENERGIA
A busca por novos desafios tem sido a marca registrada da Clamper em seus 25 anos. Com a missão de ser sinônimo de tranquilidade para empresas e pessoas no que se refere à proteção de seus equipamentos, o Grupo Clamper alça novos voos e investe em tecnologias para ampliar ainda mais a entrega aos clientes. É o caso da Nanum: empresa de nanotecnologia adquirida em 2008 junto a uma incubadora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ela é especializada na pesquisa e comercialização de materiais nanoestruturados para transformação em produtos de alto valor agregado. “Na Nanum, estamos desenvolvendo um supercapacitor, com aplicação nas redes de energia elétrica, assim como em carros elétricos e nas próprias residências” destaca Ricaldoni.
Atualmente, o Grupo Clamper lidera diversos projetos de pesquisa em energia renovável: geração de energia através de corrente marinha, geração através de biomassa, oleaginosas, lixo, energia solar fotovoltaica, energia eólica. Iniciativas grandiosas, como por exemplo, de biomassa e óleo vegetal, em que o Grupo conta com parcerias para o desenvolvimento de biorrefinarias no Brasil, destinadas à produção de Diesel Verde e Bioquerosene de aviação. Há também uma tecnologia de pirólise para produzir óleo vegetal e gás de síntese a partir de resíduos.
UM OLHAR PARA O FUTURO
Ailton Ricaldoni Lobo, ao analisar a trajetória da Clamper, sempre credita grande parte do sucesso à dedicação de seus colaboradores. “Temos um time que costumo chamar de cúmplices. São pessoas envolvidas com o espírito de inovação da Clamper e essenciais para nosso crescimento”, reconhece. Atualmente, a empresa conta com aproximadamente 200 funcionários que são escolhidos criteriosamente e recebem treinamento constante alinhado ao alto padrão de qualidade exigido pela empresa.
Para o presidente, chegar aos 25 anos é desejar muito mais. “Na Clamper, permanecemos muito atentos em relação a esse cenário de mudanças e transformações. Tanto na busca de alternativas para o nosso mercado atual, mas também no estudo de outros negócios paralelos e correlatos que possam, eventualmente, no futuro, substituir os produtos que hoje fabricamos. É um processo de criação permanente e constante busca por alternativas, novos produtos e novos mercados. O futuro nos trará grandes desafios. Estamos nos preparando para superá-los” finaliza.