Soltar pipa é uma das brincadeiras favoritas entre crianças e adolescentes, especialmente nas férias e aos finais de semana. Mas não é de hoje que essa brincadeira tornou-se algo muito sério e perigoso, especialmente com o uso do cerol. Além de colocar em risco a vida dos motociclistas, soltar pipas com cerol já deixou milhares de consumidores sem luz.
Só em Minas Gerais, segundo dados da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), 533 mil consumidores ficaram sem energia elétrica devido aos cabos da rede terem sido cortados pelo cerol. Junho e Julho, com as férias escolares, foram os meses mais críticos, pois as crianças têm mais tempo para brincar.
Até o dia 17 de julho deste ano, foram 153 mil pessoas sem luz em 488 interrupções de energia. De janeiro a junho de 2013, foram 1.739 interrupções. Só em Belo Horizonte, a Cemig gasta, por ano, aproximadamente R$ 80 mil com reparos e retiradas de pipas nas redes de energia da cidade.
O Cerol e a Linha Chilena
O cerol é uma substancia altamente cortante, feito com cola, vidro e restos de materiais condutores, como ferro, cuja função para quem solta pipa seria a de cortar a linha das outras pipas. Agora, uma novidade ainda mais perigosa e cortante, está se espalhando no Brasil: a Linha Chilena. Essa perigosa novidade está sendo vendida ilegalmente, inclusive pela internet.
Riscos de acidentes
Além da falta de energia, o uso do cerol pode acarretar acidentes terríveis com descargas de energia. Quando a pipa se prende aos cabos de energia, é comum as crianças tentarem retirá-las, com bastões de madeira ou metal (condutores de energia) e acabam sofrendo descargas elétricas fortes, ocasionando queimaduras, lesões e, em casos mais graves, morte.
Portanto, a Clamper aconselha a todos para que fiquem atentos. Os motoqueiros precisam se prevenir com antenas anti-cerol em suas motocicletas e os pais precisam orientar seus filhos sobre os riscos dessas substâncias cortantes.